A conferência “Redes Sociais: Uso das ferramentas de comunicação digitais para mapeamento de inovações sustentáveis” foi ministrada dia 28 de outubro durante o 4º Congresso Nacional de Extensão Universitária e 13º Encontro de Atividades Cientificas da Unopar, pelo professor Dr. Rogério da Costa Santos da PUC de São Paulo, que é coordenador do Laboratório de Inteligência Coletiva.
A conferência foi transmitida pelo Sistema de Ensino Presencial Conectado aos campi de Londrina, Arapongas e Bandeirantes, e mediada pela pró-reitora de Extensão da UEL, professora Dra. Cristiane Nascimento Cordeiro, e pelo professor da Unicamp Dr. Ademir De Marco.
O professor Costa expôs a diferença entre comunidades virtuais e redes sociais afirmando que as comunidades virtuais foram fortes até o início dos anos 2000, mas atualmente as redes sociais é que se fortalecem. “Entende-se por comunidades virtuais grupos formados por um interesse comum, sendo que as redes sociais têm seu foco no indivíduo e na sua rede de contatos” explica.
“Segundo estudiosos americanos o capital social que os grupos sociais dispõem como riqueza são os valores, é através deles as pessoas estabelecem suas relações” relata Costa. Para ele, a novela também pode ser considerada capital social, pois permite que a partir de um ponto comum, exista a partilha.
Tratou-se também da importância da colaboração no mundo do trabalho atual e futuro. Segundo o professor, a produção do capitalismo mudou, pois precisa de maior colaboração, principalmente de bens imateriais como educação, conhecimento, informação e construção afetiva. “Afinal, o ser humano se constrói através da afetividade desde a educação infantil. O que se produz materialmente só é possível através de elementos subjetivos; ou seja, uma mesa só e produzida através de informações de design, de informações de material subjetivo” enfatiza.
Costa apresentou, ainda, a importância de perceber que o conceito de sustentabilidade tem a ver com a vida e não somente com o meio ambiente. Para ele, se faz presente a necessidade de discutir a sustentabilidade nos processos de extração, pois no passado o homem extraia produtos da natureza e atualmente extrai a sua própria subjetividade. “Um indivíduo não pode chegar ao ponto de se sentir esgotado na extração da sua subjetividade.”
Para finalizar Costa salientou que a sociedade do futuro será cada vez mais centrada nos processos coletivos que só acontecem através do empenho subjetivo coletivo.
Reportagem: Irene Santos
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