O curso de Artes Visuais promoveu o seminário Inovações e Impactos traçando a evolução da arte através dos séculos
O 4º Congresso Nacional de Extensão Universitária e o 13º Encontro de Atividades Científicas da Unopar contou a palestra sobre Inovações e Impactos, ministrada pelo professor Marcelo Silvio Lopes que demonstrou como as inovações tecnológicas influenciaram a trajetória da arte contemporânea.
Lopes fez uma análise dos tempos utilizando os quadros da Santa Ceia para traçar um perfil de como o indivíduo se comportou no decorrer dos séculos. Na época medieval o comportamento coletivo dificultava a identificação das pessoas de uma mesma família, a arte era didática, o espaço era coletivo e os personagens eram idênticos.
Já o período do Renascimento marcou o nascimento do ser, assim o homem se sentia o centro do mundo. Em seguida o palestrante explicou que no período Barroco havia a mistura entre o racional e o emocional, Deus X Demônio, o ponto de vista central traz as emoções do ser humano.
Segundo Lopes a época do Modernismo marca o surgimento da máquina fotográfica e o homem se torna subjetivo. “Se antes Da Vinci dissecava corpos para estudar a anatomia, Freud, Darwin e Marx dissecavam o comportamento do homem subjetivo”, explica.
Sobre a arte Lopes marca personagens distantes, diversidade de faces e expressionismo, “O homem desterritorializado reúne ideologias do mundo todo”, comenta. Na arte Contemporânea Factory é o conceito de ausência de aura da imagem, sem pessoas, no qual conceito de não-lugares se multiplica pelo fato de estar em um local e interagir com várias outras pessoas. Os não-lugares são locais de passagem e a arte nada tem a ver com beleza, mas sim com o pensar.
“Arte contemporânea não existe sem o pensar, sem contextualizar a imagem dentro da minha realidade” afirma Lopes. Um exemplo prático é a coletânea de fotos de James Reynolds com uma série fotográfica sobre a Última Ceia de condenados a morte.
Lopes finaliza com a constatação de que antigamente a arte tinha séculos de uma mesma visão, mas hoje muda muito rápido, por vivermos cada vez mais em não lugares do que em lugares. Após a exposição dos conceitos, o palestrante abriu espaço para um debate entre os alunos.
Reportagem: Ariana Zortéa e Karina Giorgiani
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